14 dezembro 2009

Uma Paixão Mal Resolvida

             Essa coisa de se apaixonar, e de amar alguém é realmente muito difícil, ô sentimento murrinha esse hein!! Lembro-me como se fosse ontem o dia em que conheci, ele. O atual amor da minha vida. Falo atual, pois, nunca se sabe até quando vai durar um amor. E o meu por ele já dura pouco mais de um ano.
     Era meu primeiro dia na universidade. Eu, caloura, cheia de medo e vergonha, enfim, essas coisas que um calouro sente em sua estréia no nível superior. Minha primeira aula foi da disciplina de Fundamentos de Jornalismo. Aula muito interessante, colegas interessantes, até que ele apareceu. Lindo. Chegou com aparência descompromissada. Sabe amor à primeira vista. Logo reparei em seu jeiro Rock N'Roll, decidido. Sentou-se à minha frente e pareceia ser despachado. Fiquei fitando seus gestos e me peguei vidrada em suas tatuagens. Nossa aula acabou pouco antes do intervalo, reunião de professores, coisa e tal. Eu estava perdida no campus, e com tempo de sobra pra conhecer melhor o território ulbriano, afinal o ônibus partira somente por volta das onze horas da noite. Encontrei o meu novo alvo no saguão. Ele olhava o movimento com serenidade no olhar. Eu precisava me integrar, e não hesitei em puxar assunto com ele. Talvez esse tenha sido o meu maior erro. Em poucos minutos fizemos amizade, e fomos conversar nos banquinhos do prédio seis. Descobrimos coisas em comum, como o amor pelo Rock e o vício do cigarro, e, fumamos e conversamos durante quase duas horas e meia. Tempo suficiente para que eu me apaixonasse. Na despedida, disse que havia sido um prazer conhecê-lo, ele me abraçou. Contou-me mais uma piada e após pediu mais um abraço. Era um príncipe, o meu príncipe.


         No decorrer das semanas, fomos ficando mais amigos, e minha paixão aumentando gradativamente. Todos já haviam percebido que eu o queria, mas ele era difícil, fazia jogo duro, provocava-me incessantemente, o safado. Muitos apoiavam nosso relacionamento, outros faziam de tudo para nos afastar e o que nos afastou mesmo foram as férias de verão. Morava longe demais... E continua morando longe demais, mas voltando ao assunto, antes do término do semestre, ficamos nós dois numa noite qualquer. Foi o melhor dia do ano. Melhor que o meu aniversário e já estava sendo melhor que Natal e Ano Novo. As férias chegaram e com ela a solidão. Foram três meses sem vê-lo, três meses de tristeza. Só podia ser loucura, como eu fui me apaixonar assim, subitamente? Pensava em nós dois e em como seríamos felizes ficando juntinhos... O tempo passou e chegamos aos dias atuais, a paixão está mais forte do que era antes, o desejo latente continua, eu gosto dele e ele de mim, mas nosso amor é impossível, além do fato de termos perdido tempo brigando e indo atrás da opinião alheia. Tremendo erro ter puxado assunto com ele naquela gélida noite de agosto, pois ainda acordo no meio da noite, chamando por ele, balbuciando seu nome, tendo delírios de amor.

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