27 março 2009

Sorriso Livre da Vida

A apresentação de uma idéia se faz tão importante quanto sua despedida. Borges dizia que um escritor publicava um livro para se ver livre dele, ou passaria o resto da vida modificando o que antes havia escrito.

Ou seja: tomava uma atitude radical antes que sucumbisse à viver em torno de erros que sequer cometeu. Livro é ficção. Mas e a própria vida, não é um livro também?

Vivemos numa poesia sem rima, com versos desfocados e conteúdo fraco. Deveríamos então simplesmente nos livrar dela, ante ter que corrigir todas as insuficiências? Infelizmente, nem Borges saberia explicar o por que aprendemos a deixar problemas e erros para trás, e ainda assim continuar a querer viver essa história.

O que nos move ainda é a esperança de que, na próxima estrofe, todas as palavras vão se encaixar como um lindo soneto de verão. Cada sorriso que você dedica, faz com que cada palavra do livro da vida ganhe algum sentido.

Um livro não tem prazo de validade. A vida tem. Porém, o que você escreve em um livro pode se tornar vazio e antiquado. O que você escreve na vida dura para sempre.

Penso, logo resisto. Seu livro é o reflexo do seu ser. Sorria, se sentirá muito mais livre do que se simplesmente fechasse os olhos e jogasse esse livro fora. Eu Livre; Tu livras ; Ele Livro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário