15 março 2010

All of my love, to you now... I get a bit lonely...

      Pois bem, o que aconteceu foi forte, foi lindo, intenso demais. Me fez sorrir demais, me fez sofrer demais. Eu me apaixonei por quem não devia. Um veterano, que foi embora. E não volta mais. Aconteceu tão rápido. Droga. Mas confesso que foi bem melhor me apaixonar por ele, e deixar o garoto tatuado longe de meus pensamentos. Aliás, eu achei que seria melhor, achei que pudesse dar certo. Como disse meu querido amigo Luan, ele parecia um ‘’príncipe’’,o veterano. Aprendi muitas coisas durante esse tempo. Não consegui esquecer o tatuado, mas agora gosto bem menos dele, e digo isso em termos de amor, de paixão. Não mandei recados, esqueci dele durante esses dois meses de férias. Agora que as aulas voltaram, o vejo duas vezes na semana o que já é demais pra mim. O que também deve ser demais pra ele. Ainda mais pelo rumo que nossa relação tomou, e digo em termos de amizade mesmo. Aliás, com o veterano eu pude enxergar os erros que cometi com o tatuado, falei demais, exagerei sempre, e no final acabei quase que sem a amizade dele. E eu, gostava dele, mas daí o veterano apareceu, salvando minh’alma da tristeza profunda, me afundando mais ainda na escuridão. Digo isso, pois, ao mesmo tempo em que conseguia esquecer aquele, que por vezes me emocionou e fez com que eu ficasse trêmula, ao se aproximar de mim, me apaixonei por alguém que, sabia que estava indo embora, tinha uma sabedoria incrível, uma educação esplendorosa, e escrevia poemas lindos, que me viciaram, e eu lógico sabia que ele estava num pedestal. Era quase intocável. E eu chorei, chorei copiosamente, até que percebi que chorar não adiantaria e não me traria ele de volta. Acontece que, amadureci muito em pouco tempo, estou mais calma, tranqüila, focada. Tenho planos, estou cada vez mais feliz por estar estudando, aprendendo vários macetes do jornalismo, e com muita, muita vontade de atuar na área. Claro que a saudade que sinto do veterano é enorme. Mas pelo menos ele ficou como uma lembrança bonita em minha mente. Pelo menos com ele eu não errei. Pelo menos com ele eu fui eu mesma, sem medo de perdê-lo por não ser a mina ideal, por não pertencer aos padrões estéticos e econômicos que o mundo pede como requisito. Posso ser feliz sozinha, aliás não peço um marido, peço apenas uma companhia simples, que curta, Rock, ou não. Apenas uma companhia que me faça sorrir, conte piadas baratas, me abrace nos dias frios, me abrace nas dificuldades, que me abrace pra me acalentar, só pra que eu saiba que não estou sozinha nesse mundo. Meu negócio não é compromisso sério, afinal as pessoas são livres, e eu faço parte do ‘’INDEPENDENTE FUTEBOL CLUBE’’, como já diria Ultraje a Rigor!! Eu só queria uma companhia pra me fazer esquecer dos problemas do mundo, dos meus problemas, dos seus problemas, do universo vil que nos assola. Comer um xis na esquina, ir numa balada louca, dormir num banco da praça, filosofar durante uma tarde, ou uma noite... Apenas uma companhia pra dar uns beijos, talvez sucumbir ao prazer carnal. Apenas uma companhia... O ano recém começou, ainda há tempo. Tempo pra esquecer meu querido veterano. A imagem que não me sai da cabeça, que gruda mais ainda quando escuto ‘’All of my love’’ do, Led. Que me emociona ao ver que não há mais Luau nos corredores ulbrianos... Não mais. Não por enquanto. Ao menos não com ele...

 


Um comentário:

  1. Lindo. Emocionante...
    E, ao som de "All My Love",
    me soa desconcertante...
    Grande abraço, menina!
    Saudade...

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